Não cedas coração; pois nesta empreza
O brio só domina; o cego mando
Do ingrato amor seguir não deves, quando
Já não podes amar sem vil baixeza.
Rompa-se o forte laço, que é fraqueza
Ceder o Amor, o brio deslumbrado;
Vença-te pelo amor cortando,
Que é honra, que é valor, que é fortaleza.
Foge de ver Aléa; mas se a vires
Porque não venhas outras vez amá-la,
Apaga o fogo, assim que a pressentires.
E se inda assim o teu valor se abala,
Não lho'os mostres no rosto; oh! não suspires!
Colado geme, sofre, morre, estala!...
Alvarenga Peixoto
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