Se um homem houver, homem tão forte,
Que possa ver, em sua casa entrando,
Malfeitores crueis, assassinando,
A cara filha, a cândida consorte;
Se um tal homem houver, que sem transporte
Veja os céus rubros raios vomitando,
O mar pelos rochedos atrepando,
A terra inteira a bracejar com a morte;
Apareça êsse heroi, assim disposto,
Que lhe quero mostrar por dentro o peito,
E quero lhe não mude a côr do rosto!
Há de cair em lágrimas desfeito,
Vendo o meu coração pelo desgosto
em mil roturas e pedaços feito.
Frei Francisco B. Baraúna
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