Flanar imune à voz d'alguns conceitos
- algemas e mordaças tão mesquinhas -
que vendem por aí como ‘insuspeitos’,
e destapar ‘verdades’ tão daninhas.
Avanço, e sem temer, trespasso grades,
liberta como quem o Céu devassa.
- Que bem longe esteja do Reino de Hades! -
E resoluta, eu nego o que é fumaça.
Quero no leito manso do Confim,
o coito co'essa Luz que tanto exalto!
E a salvo das ‘premissas de festim’,
ouvir a voz serena de outro Arauto.
Buscar essa Verdade, mesmo crua,
que a dormitar me instiga, tão esquiva,
e assim difusa, incita seminua,
caminha por aí... solta... à deriva...
Gestar certezas é tarefa dura,
bosque de erros que me desafia,
portanto, eu flano sempre à procura,
como quem caça... a caça que porfia!
Sylvia Cohin
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